Veja! Um cadafalso lhe espera
ao final de qualquer escolha feita!
Haverá sempre uma besta fera
no fim da caminhada, à espreita!
Seu beijo sutil e mortal venera
a decepada da lâmina estreita
sobre as cabeças, e o medo gera,
como a guilhotina mais perfeita.
Cada um dos segundos que se vive
é mais um dos segundos que se morre,
há, depois da subida, o declive,
e o tempo, acelerado, sempre corre!
Mas se ninguém no mundo nos socorre,
não há também quem da vida nos prive,
pois é sempre morrendo que se vive,
e igualmente vivendo que se morre.
Gui Rodrigues
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