Sob a luz da Lua-necessidade
Do verso interior, rio caudaloso
Canta o cantador-serenidade
Fruto do escuro silencioso,
Que invade a beleza da solidão
Vivida sem vida, que convida
As batidas livres do coração
E o poeta-trôpego das letras, á lida.
Com a Lua, senhora-moça na rua
Na rede da quase real imagem
Na varanda da ilusão sonhadora.
Ecoa seu canto-cisne e destrua
Nosso sonho-dor em rica plumagem
Quebrando a secreta caixa de Pandora.
Sérgio Souza
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